Lançada em 2016, a Fiat Toro não foi a pioneira entre as picapes intermediárias, esse posto é da Renault Oroch, mas o produto da Stellantis, apresentado ainda na era da FCA, é, sem dúvidas, a mais importante desse segmento. Ainda que tenha ganhado uma irmã e várias concorrentes, a Toro segue se destacando no mercado nacional.
Em 2023, a picape foi a segunda mais vendida do país com 51.303 vendas, mais do que a Volkswagen Saveiro, que é de uma categoria abaixo e consideravelmente mais barata. Aliás, se somarmos as 30.012 vendas da Chevrolet Montana, com os 12.734 emplacamentos da Renault Oroch e as 8.637 Ram Rampage, são 51.383, portanto, a Toro é 50% do segmento.
Durante o último ano, a picape intermediária ganhou uma importante mudança. Todas as versões passaram a ostentar a mesma grade. Em vez de as versões de entrada usarem a grade filetada, elas ganharam a grade hexagonal das configurações mais caras e que era melhor aceita pelo mercado.
Fiat Toro Freedom 1.3 Turbo 2024: R$ 166.990. Opcionais: pintura metálica Grranite Crystal – R$ 2.490; Fiat Connect Me – R$ 2.850. Total: R$ 172.330.
O preço pedido pela Fiat, R$ 166.990, está R$ 10 mil acima da Chevrolet Montana RS e R$ 16 mil acima da Renault Oroch Outsider. Ambas são versões topo de linha das rivais, ainda assim, entregam a mais que a Toro apenas alguns itens de aparência, como bancos em couro, ou comodidade, como carregador por indução.
Com todas essas informações em mãos e em um teste de mais de 15 dias, resolvemos listar os pontos positivos e negativos da Fiat Toro para que você decida se deve ou não comprar a picape intermediária da marca italiana.
Fiat Toro Freedom 1.3 Turbo AT6 2024 - 7 pontos positivos
1) Acabamento: desde a reestilização de 2021, a Toro melhorou significativamente o acabamento interno. O plástico tem bom aspecto geral, ainda que não tenha áreas macias. A versão Freedom abusa do plástico prateado e preto brilhante, o painel do ar-digital de duas zonas e a central multimídia maior que a versão de entrada são bons destaques.
2) Equipamentos: como citado acima, desde a segunda versão, a Toro entrega ar-condicionado de duas zonas, câmera de ré, central de 8,4 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, faróis Full LED e sensor de pressão dos pneus.
3) Convivência interna: outra coisa que melhorou em 2021 foi a convivência dentro da Fiat Toro. Não que ela tenha ficado mais espaçosa, mas um novo console central foi criado, garantindo o aumento de porta-objetos, que antes era motivo de crítica na picape.
4) Conforto: a suspensão da Toro tem ótimo acerto, sendo capaz de filtrar bem todos os buracos e valetas. Vale lembrar que na dianteira está presente o sistema McPherson, enquanto na traseira é do tipo multilink. O isolamento acústico também merece ser citado como algo positivo.
5) Posição de dirigir: os bancos da Toro também poderiam fazer parte do item conforto, são realmente bons e é possível dirigir por horas sem sentir qualquer incômodo. No entanto, o banco é uma das partes, que também tem boa pegada – levando em conta a altura que ele está, os ajustes de altura e profundidade do volante,
6) Desempenho: um dos pontos altos da reestilização da Fiat Toro em 2021 foi a introdução do motor 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque. Ele é mais que suficiente para os quase 1.600 kg da picape. O único ponto que incomoda é o delay do acelerador. O modo Sport deixa o pedal mais direto, mas cobra ainda mais do consumo.
7) Capota marítima: pode parecer bobagem, mas a Fiat Toro é uma das poucas picapes que oferecem a cobertura da caçamba como item de série desde a versão mais básica.
Fiat Toro Freedom 2024 - 7 pontos negativos
1) Consumo: Em nossos testes, durante o final do ano, a Toro chegou a fazer 7 km/l com etanol, mas esse consumo só foi possível graças ao alívio no trânsito. Segundo o Inmetro, o consumo é de 6,7 km/litro na cidade e 8,3 km/litro na estrada com etanol, além de 9,6 km/litro na cidade e 11,7 km/litro na estrada com gasolina.
2) Espaço: apesar dos quase 5 metros, a Fiat Toro não é um carro espaçoso. São 2,99 m de entre-eixos, mas como há necessidade de espaço para caçamba, o interior do veículo acaba sacrificado. O encosto do banco traseiro quase reto também não ajuda.
3) Manobrabilidade: a Fiat Toro, e todos os produtos construídos sobre a plataforma Small Wide 4x4, são ruins de manobra. A picape tem 12,2 metros de diâmetro de giro, enquanto uma Nissan Frontier conta com 12 m, mesmo sendo muito maior.
4) Efeito rebote: por falar na plataforma que equipa a Toro, os Jeep Renegade, Compass e Commander, além da Ram Rampage, há uma característica irritante: o rebote na coluna de direção. Se a suspensão filtra bem os buracos do asfalto, a coluna de direção transmite todos e não é raro dar trancos na mão do condutor.
5) Capacidade de carga: enquanto a Toro diesel leva 1 tonelada de carga, a configuração flex é apta para apenas 670 kg. Para se ter uma ideia, são apenas 20 kg a mais que as versões cabine dupla da Fiat Strada e 50 kg a menos que as versões de cabine simples. Em litragem a coisa não melhora muito, são 937 litros.
6) Conectividade opcional: o Fiat Connect Me, plataforma que permite rastrear a picape e executar uma série de comandos pelo celular, é um opcional de R$ 2.850, sem falar na mensalidade junto à empresa de telefonia TIM para ter wi-fi embarcado.
7) Haste de seta: desde o lançamento da Toro a haste de seta nunca foi corrigida. Ela é demasiadamente mole, o que acarreta acionamento do farol alto quando está apenas tentando indicar a direção que pretende seguir.
Fiat Toro Endurance 2023 - Ficha técnica
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A Fiat Toro é um sucesso de vendas e influenciou a criação de um mercado novo praticamente no mundo todo. Talvez a única picape com proposta parecida antes da Toro (e da Oroch, vale citar) era a Honda Ridgeline, nos Estados Unidos, mas em uma escala muito maior.
A Toro chegou ao mercado, arrebatou vendas, fez a Fiat finalmente emplacar um modelo médio no Brasil e foi além, tanto que a Ram se aproveitou da sua base para criar a Rampage. Várias rivais surgiram e nenhuma conseguiu igualar o volume de vendas da Toro.
O próximo passo, quando a nova geração chegar, será melhorar o espaço, além do consumo. Até lá, a Fiat Toro Freedom 2024 é, sem dúvidas, uma boa escolha para você colocar na garagem, ainda mais observando as deficiências de rivais como Renault Oroch e Chevrolet Montana, e a incapacidade da Ford em fazer a Maverick competir com a marca italiana.
Em resumo, a única picape de fato melhor que a Fiat Toro é a Ford Maverick, que é muito mais cara. Mesmo caso da Rampage, que tem melhoras de suspensão e dispensa comentários nas versões 2.0 turbo a gasolina.
As demais rivais se intimidaram e preferem competir e perder para a Fiat Strada. Se tivéssemos um supertrunfo, aquele jogo de cartas, dedicado às picapes intermediárias do Brasil, seria difícil bater a Fiat Toro.
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