A Volkswagen Amarok vendida no Brasil passou no ano passado por sua mais profunda renovação desde que foi lançada no mercado. Mas já tem outra atualização prevista para 2025, que acontecerá assim que as primeiras unidades produzidas a partir de janeiro deste ano na fábrica de General Pacheco, em Córdoba (Argentina), chegarem às concessionárias: um tanque de Arla 32.
Autoesporte apurou que a adaptação já está pronta para ser aplicada assim que o complexo argentino retomar a produção da Volkswagen Amarok na volta do recesso coletivo de fim de ano, ainda como ano-modelo 2025. O objetivo é que a pickup média cumpra as normas de emissões do Proconve L8, oitava fase do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores brasileiro.
Como funciona o Arla 32
O Arla 32 é uma solução composta de ureia – elemento sintético, extraído de sal inorgânico – e água desmineralizada, acoplada ao sistema de escape do veículo. Arla é uma sigla para Agente Redutor Líquido Automotivo, enquanto o número 32 se refere à concentração de 32,5% de ureia de alta pureza a cada 100 g de água desmineralizada.
Integrado ao chamado sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR), o Arla 32 se mistura com os gases que vêm do motor pouco antes de entrar no catalisador. Lá, acontece uma reação química entre o agente e o óxido de nitrogênio (NOx), para transformar o gás nocivo, um dos elementos poluentes resultantes da combustão, em nitrogênio puro e vapor de água, ambos inofensivos ao meio ambiente.
Muito comum em caminhões e cada vez mais presente em veículos leves a diesel, o Arla 32 não é um aditivo aplicado junto do combustível, mas sim um líquido abastecido em um reservatório à parte para ser injetado junto aos gases de escape. Ele tem capacidade de reduzir em até 60% os níveis de emissões de NOx na atmosfera e em até 80% os de materiais particulados.
Na Amarok, o Arla 32 vai se juntar a outros sistemas de contenção de poluentes que a caminhonete já continha, como o de recirculação de gases do escape (EGR) e o filtro de partículas (DPF). A solução será aplicada a todas as versões da caminhonete vendidas no Brasil, que atualmente são três: Comfortline, Highline e Extreme.
Apesar da mudança, o conjunto motriz da Volkswagen Amarok 2025 continuará a ser formado pelo motor 3.0 V6 turbodiesel de 258 cv de potência e 59 kgfm de torque, aliado a um câmbio automático de oito marchas da ZF, com tração integral 4Motion e reduzida. A pickup não deve ter mudanças de potência, torque, desempenho ou consumo com a atualização. Atualmente, a caminhonete faz 8,7 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada, segundo o Inmetro.
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