Lançada em março do ano passado, a Fiat Titano foi a primeira experiência da marca no mundo das picapes médias, segmento dominado por hoje por modelos como a Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. Embora a empresa tenha experiência na venda de picapes com Strada e Toro, a Titano acabou demorando para embalar em nosso mercado. Mas o novo motor 2.2 turbodiesel da Rampage pode dar um bom fôlego para a caminhonete.

Para ser justo, é importante lembrar que a nova Fiat Titano acabou sofrendo no início de suas vendas com uma greve do Ibama, órgão responsável pela emissão do certificado ambiental para veículos importados. À época, o Ibama estava com a chamada “operação tartaruga”, trabalhando em ritmo um tanto moroso. Dessa forma, a caminhonete deu azar e demorou para embalar nas vendas.

Para comparação, nos primeiros meses de vendas a picape não emplacava mais do que 100 unidades – um claro reflexo da dificuldade das unidades entrarem no Brasil. Mas de agosto em diante o modelo começou a melhorar sua situação com mais de 500 unidades vendidas. Já em dezembro de 2024 ela teve seu melhor mês até então, com 1.475 carros emplacados, vendendo o total de 6.223 unidades – ficando bem próximo da VW Amarok (7.328).

Motorização nova

Atualmente, o motor 2.2 turbodiesel entrega seus 180 cv a 3.750 rpm e 40,8 kgfm de torque a 2.000 rpm, que trabalha junto de um câmbio automático de seis marchas com tração 4x4 dotada de reduzida e bloqueio de diferencial. Fabricada no Uruguai no complexo da Nordex, a nova Fiat Titano passará ser produzida na Argentina, em Córdoba, onde atualmente produz o Cronos.

Com esse cenário atual, o propulsor da Titano fica aquém das rivais, leia-se Hilux com 2.8 turbodiesel de 200 cv, S10 om 206 cv e Ford Ranger com 250 cv e seu motor V6 turbodiesel. Mas essa mudança de produção para a Argentina vai resultar na chegada de um novo motor 2.2 turbodiesel, mais moderno que o atual e que vem direto da atual Ram Rampage.