A nova pickup da Renault, chamada até agora de conceito Niágara, vai começar a ser fabricada no fim deste ano na Argentina e tem lançamento marcado para 2026. Não só isso, a marca francesa quer colocar seu novo modelo com caçamba em uma prateleira acima das rivais, sem ser uma sucessora da Renault Oroch.

Em entrevista ao site Motor 1 Argentina, Daniel Nozaki, diretor do Centro de Design da Renault América Latina, revelou alguns detalhes do projeto da picape monobloco. Entre eles, que a Niágara não vai substituir a Oroch, a qual segundo o diretor: “Já faz parte da antiga Renault”.

O próprio presidente da Renault Argentina, Pablo Sibila, afirmou que a Niágara não vai substituir a Oroch.

"Decidimos que o ideal era que ela [a fábrica argentina de Santa Isabel] se especializasse em veículos utilitários, para fugir da concorrência com o Brasil [onde se produz veículos de passeio]. Tendo definido isso, pensamos em uma picape de meia tonelada [se referindo à capacidade], na época, sucessora da Oroch. Mas o projeto Niagara não será um sucessor do Oroch, ambos podem conviver”, revelou Sibilla ao jornal argentino.

Assim como o Kardian, que estrou o novo logo da marca e nova fase da marca no Brasil, a Niágara também seguirá o mesmo caminho. Nozaki contou que a picape será um produto premium: “acima de Fiat Toro e Ram Rampage”.

Nova picape da Renault (Niágara?): o que sabemos?

Daniel Nozaki também disse que a Niágara vai compartilhar peças, módulos e outros sistemas como modelos já em produção, como o Renault Kardian. Visualmente, o designer brasileiro comentou que a nova picape terá uma linguagem visual mais parecida com o SUV médio que está em teste no Brasil, até aqui conhecido como Renault Boreal.

Outro ponto em comum será a plataforma RGMP, estreada no Brasil pelo Kardian. A base é modular e comporta veículos de até 5 metros de comprimento e 3 m de entre-eixos. Além disso, a arquitetura pode receber um conjunto híbrido ou elétrico.

O terreno para chegada da picape rival de Toro e Ford Maverick já está sendo preparado. Tanto que a versão de topo da Oroch, com motor 1.3 turbo, saiu de linha, para ficar só com o propulsor 1.6 aspirado.

Assim, com porte e visão de produto superior, a Niágara deverá receber exatamente o 1.3 turbo flex TCe. Essa usina entregava 170 cv e 27,5 kgfm de torque.

Com a oitava fase do Proconve nesse ano, o propulsor foi recalibrado no Duster para 163 cv e 25,5 kgfm de torque. Ainda é possível esperar a combinação de um conjunto híbrido flex.