A polêmica sobre alguns carros não poderem usar engate para reboque já é de outros carnavais. Mas ela veio à tona novamente com o lançamento da Chevrolet Montana, que é o mais novo veículo do grupo dos proibidos.
Ao comprar um carro é comum que o proprietário adicione alguns acessórios, que podem ir desde rodas maiores, pneus mais robustos, uma nova suspensão, itens de tecnologia e até mesmo engates. Mas é sempre bom analisar quais deles não vão acarretar problemas durante o uso.
A polêmica sobre os engates surgiu pela primeira vez em 2020, quando donos de Chevrolet Onix Plus e Toyota Corolla - fabricado entre 2015 e 2019 - foram parados e multados por usarem o dispositivo.
Em comum, ambos os modelos não têm capacidade de reboque declarada pelas fabricantes ou, então, é igual a 0 kg, o que os impede de usar engate.
E essa questão afeta vários outros modelos vendidos no Brasil, dentre eles a Chevrolet Montana, lançada neste ano. A Mobiauto questionou a fabricante sobre a capacidade de reboque da picape, que disse não haver provisionamento de reboque para a Montana, e que a informação consta no Manual do Proprietário.
Assim como ela, os irmãos Chevrolet Onix, Onix Plus e Tracker, também não podem arrastar peso justamente por não terem capacidade de reboque declarada, e no Manual carregam a mensagem de que: “este veículo não está apto a receber engate traseiro e, desta forma, tracionar reboques” - mesmo texto que deve aparecer no Manual da Montana 2023.
Reboque apenas para fins estéticos
Vale lembrar que nem sempre o engate é instalado para de fato rebocar, o que soa até engraçado. Alguns proprietários colocam o componente simplesmente por estética ou por acreditarem que o veículo estará mais protegido em caso de colisão traseira - que também é um erro.
Por isso, marcas como Chevrolet, Honda e Toyota adicionam mensagens desse tipo, apontando que o veículo não tem capacidade de reboque, nem podem usar o engate.
Instalar engate em veículos que não tem capacidade de reboque dá multa?
Ano passado, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicou a Resolução Nº937, substituindo a Nº197 de 2006, que fala sobre especificações para se ter o sistema instalado legalmente no veículo.
E logo no Art.1º o texto indica que a “Resolução dispõe sobre o dispositivo de acoplamento mecânico para reboque (engate), utilizado em veículos com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg, que possuam capacidade de tracionar reboques declarada pelo fabricante ou importador, e que não possuam engate de reboque como equipamento original de fábrica”.
Assim, indica que, para ser permitido o uso do engate, a montadora terá de informar a capacidade de reboque de seu produto - o que não acontece nos modelos citados neste texto.
Vale ressltar que, caso seja utilizado de maneira irregular, o motorista pode ser multado por conduzir um veículo com equipamento ou acessório proibido.
De acordo com as infrações previstas no Art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), trata-se de uma infração grave, que pode acarretar na apreensão do veículo até a regularização. Porém, se o engate for retirado no local, o carro poderá seguir viagem, e o motorista ficará apenas com o prejuízo dos cinco pontos na CNH e multa de R$ 195,23.
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