A Renault Alaskan, picape média produzida na Argentina sobre a plataforma da Nissan Frontier, foi um modelo que a marca francesa chegou a confirmar para o Brasil, mas depois desistiu. Agora, a Mobiauto pode afirmar que o projeto foi retomado e ela, enfim, fará sua estreia em nosso País nos próximos anos.
Diversos fatores contribuíram para a mudança de rota e decisão de lançar, enfim, a Renault Alaskan aqui: crescimento do mercado de picapes; estabilização e até queda na cotação do dólar em relação ao real; retomada na sinergia da aliança Renault-Nissan em âmbito global; desejo de renovar o portfólio e investir em segmentos de maior valor agregado.
Contudo, só a presença no Brasil, o mais importante mercado da América do Sul, justifica o volume de investimento necessário para que a Alaskan seja fortemente renovada. Por isso, sua presença no portfólio brasileiro a partir dessa atualização é considerada “mandatória”, conforme apurado por nossa reportagem.
As projeções da nova Renault Alaskan, meramente ilustrativas, foram produzidas com exclusividade para a Mobiauto por Kleber Silva.
Reestilização com ares de nova geração
Para lançar a Alaskan no Brasil, a Renault prepara um pacote robusto de atualização do projeto, lançado na Argentina em 2016 e que, portanto, já está há sete anos à venda sem ter passado por nenhum tipo de modificação.
A Mobiauto apurou que a Renault prepara uma “forte reestilização” da Alaskan, em trabalho que vem sendo liderado pelo time brasileiro de design e engenharia. A atualização ocorrerá não apenas no visual externo, que deve adotar a atual identidade estética da marca, como também no interior, com mudanças importantes nos painéis e no acabamento.
A estratégia será muito parecida com o que a GM fará com a Chevrolet S10 e a Toyota com a Hilux: um facelift profundo, com ares de nova geração, porém sem trocar a plataforma ou a carroceria.
Protótipos da Alaskan renovada devem começar a ser flagrados na Argentina e no Brasil até o fim deste ano ou, mais tardar, começo de 2024. O lançamento está previsto para ocorrer entre o final do ano que vem ou primeiro trimestre de 2025.
Motor de até 190 cv
O motor não deve mudar. A Alaskan utiliza o propulsor M9T turbodiesel de origem Renault, importado da França, um 2.3 quatro-cilindros em linha com 16 válvulas. Ele é oferecido em duas especificações: turbo único, com 160 cv de potência e 41,4 kgfm de torque (dCi 160); biturbo, com 190 cv e 45,9 kgfm (dCi 190)
No primeiro caso, o câmbio é manual de seis marchas. No segundo, automático de sete. A novidade é que o conjunto será atualizado para os parâmetros de emissões do Proconve L8, que entrará em vigor em 2025 e equivalerá ao padrão Euro 6. A configuração atual do Renault M9T está adequado ao Euro 5, ciclo anterior.
Renault Alaskan: dimensões e capacidades
Por outro lado, a forte renovação da Alaskan não deve acarretar mudanças substanciais em suas dimensões, que atualmente são: 5.318 mm de comprimento; 3.150 mm de entre-eixos
1.850 mm de largura; 1.815 mm altura (sem contar os retrovisores externos). Seu comprimento é 0,7 cm menor que o da Hilux e o entre-eixos, o mesmo da Frontier.
A Alaskan deve ser comercializada sempre com cabine dupla (exceto em projetos para frotistas), com capacidade de carga entre 1.040 kg e 1.115 kg, a depender da versão e da motorização, e peso em ordem de marcha entre 1.920 kg e 2.075 kg.
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