A revelação de que a Toyota estuda uma picape baseada no Corolla chamou atenção do público e causou muitas reações nasredes sociais, nas últimas semanas. Mas o que pouca gente sabe, ou lembra, é que a marca japonesa já teve uma picape intermediária baseada em um sedã médio.

Trata-se do Corona, um sedã que era posicionado logo abaixo do Crown. A primeira geração desse modelo foi apresentada em 1957, mas somente na segunda geração, apresentada em 1960, é que ele ganhou as carrocerias vans e picape. A fórmula se repetiu na terceira geração, que foi vendida entre 1966 e 1972.

Em termos de motores, como é de se esperar para essa época, variavam entre 33 cv e 77 cv, enquanto a litragem evoluiu de 1,1 litro na primeira geração da picape para até 1,9 litro na segunda geração. No entanto, ela saiu de linha em 1969, quando a Hilux foi lançada.

O Corona foi um fundamental para a história da Toyota, já que é o primeiro modelo da marca construído com arquitetura monobloco. Além disso, foi responsável por estrear as exportações da marca para grandes mercados.

Picape compacta cabine dupla

Muito se fala do pioneirismo da Fiat Strada ao oferecer versões cabine dupla, unidades com três portas e, mais recentemente, uma picape compacta com quatro portas. No entanto, o Corona também foi vendido com cabine dupla.

A segunda geração da picape era oferecida com dois ou cinco lugares e, além do tamanho do compartimento de carga, a capacidade também é diferente. Enquanto as versões de dois lugares carregavam 500 kg, a versão para cinco passageiros era capaz de carregar 300 kg.

Para efeitos de comparação, a Toyota Corona picape de segunda geração tinha 4.320 mm de comprimento, além de 2.510 mm de entre-eixos, 1.605 mm de largura e 1.435 mm de altura. A Fiat Strada, principal picape compacta do Brasil, tem 4.480 mm de comprimento, 2.737 mm de entre-eixos, 1.781 mm de largura, 1.576 mm de altura e carrega entre 600 kg e 650 kg, dependendo da versão.

Toyopet?

Curiosamente, ao chegar aos Estados Unidos, ao invés de chamar seus carros de Toyota, a marca japonesa foi batizada de Toyopet. A situação só mudou na sexta geração do Corona, em setembro de 1978, quando a fabricante adotou o nome Toyota nos EUA.

Apesar das nomenclaturas, o modelo fez um relativo sucesso. Econômico e com bom espaço, teve somente em setembro de 1967, 30.000 unidades produzidas - considerando todas as carrocerias do Corona, claro.